Comecei a leitura na escola, quando
criança, adorava folhear e cheirar os livros, mas em casa não se tinha o hábito
de comprá-los.
Na adolescência retirava os livros da
biblioteca da escola para ler, e sonhava com uma estante cheia de livros. Consigo
me lembrar da primeira vez que comprei um livro, foi em uma Bienal de Livros no
SESC – Bauru. Fomos em uma excursão de 8ª série. Neste dia tinha alguns autores
autografando, foi mágico. Não me lembro de qual foi o livro comprado, mas sei
que era fininho e baratinho, não importava, o importante, que era o primeiro de
muitos que viriam.
Já adulta e professora, sempre tive o
prazer de ler para os meus alunos e levá-los na sala de leitura para escolher
livros. Gosto de saber qual o assunto preferido e ajudá-los a encontrar. Os
olhos deles brilham quando encontram o livro que lhes desperta interesse.
Tenho um sobrinho, hoje com dezoito anos,
que desde pequeno, fiz questão de levá-lo às Bienais em Bauru, cidade que
residi por alguns anos. O primeiro que compramos foi Onde está o Wally, de lá pra cá, foram muitos.
Silvia Mancini
Desde
pequena sempre apreciei todo o tipo de expressão artística e como meus pais me
estimularam bastante, quando ingressei no pré já estava dominando o código da
escrita como também a leitura, o que facilitou meu mergulho aos livros e ao
esticamento da cabeça, como defende Violla – bailarino, coreógrafo, ator e
professor de dança.
Ao longo
dos anos buscava ler mais e mais, pois assim como lemos no depoimento de Newton
Mesquita, a leitura me levava a conhecer pessoas e lugares, que pessoalmente,julgava
inacessível.
Meus
pais, mesmo não sendo estimulados a ler quando criança, se preocupavam em me
oferecer uma realidade diferente, e sendo assim meu pai por várias vezes
comprou livros infantis para que eu lesse, o que foi muito importante.
Não consigo me esquecer de um dos livros que ganhei dele e que me
impressionou – Alice no país das Maravilhas. Como poderia uma garotinha assim
como eu, na época, ter um sonho tão inusitado e cheio de experiências
fantásticas.
E assim os anos foram passando. Já no ciclo II
do ensino fundamental freqüentava sempre a biblioteca da escola em que
estudava, e foi ali naquele esconderijo dos livros que conheci o livro “Caderno
de Segredos”, obra que li rapidamente como se estivesse assistindo cada nova ação
daquele garoto, o José Carlos, que detalhava em um caderno, que ganhou de sua
professora, a paixão por Maria Laura, seu gosto pelo futebol e suas poesias
românticas.
Li mais livros nessa fase da minha vida, porém
quando embarquei no Ensino Médio, não recebi muitas recomendações sobre o que
ler e, portanto li, mas não tanto quanto gostaria.
Depois já de ter concluído a faculdade, e lido
várias obras da literatura, voltei a viajar nas aventuras de Pedro Bandeira com
o grupo Os Karas e com os meus alunos, pude viver aventuras ímpares com esse
grupo de estudantes, que à surdina, tornaram-se os grandes responsáveis por
desvendar vários crimes e até mesmo um esquema fortíssimo de tráfico no
Pantanal. Aprecio muito a personalidade que Bandeira imprimiu nestes jovens e
pude analisar que os alunos degustam estes títulos com prazer e euforia, uma
vez que as obras que abarcam as vivências deste grupo, trazem suspense,
aventuras, perigo, conflito amoroso, por fim, muito do que um adolescente
gostaria de viver.
Os livros
da Coleção Vagalume, também ganharam espaço nas minhas aulas. Os educandos
amaram a leitura dos livros “O mistério do cinco estrelas” e “Um cadáver ouve
rádio”, que são obras que assim como as de
Bandeira, mostram jovens dando exemplo de cidadania, coragem e justiça, e ainda vivendo o auge das paixões adolescentes.
Bandeira, mostram jovens dando exemplo de cidadania, coragem e justiça, e ainda vivendo o auge das paixões adolescentes.
Outros
livros desta coleção também foram lidos, e mesmo sendo obras já um pouco
antigas, continuam a conquistar uma clientela que acaba sendo conquistada e
torna-se consumidora assídua desta literatura infanto juvenil.
Por fim,
procuro de variadas formas, oferecer momentos de leitura, de escuta e de
contato com os livros aos meus alunos, pois sei da importância que há em lhes
dar os pratos prontos dos livros para que saboreiem cada linha, pois assim como
declara Rubem Alves, o escritor nos oferece sua carne e seu sangue, para que
comamos e bebamos.
“Creio que uma forma de felicidade é a leitura.”
Jorge Luis Borges
“A leitura engrandece a alma.”
Voltaire
Laura Maria Caldas Violin
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